Depois de museu de bumba-meu-boi, de tambor de crioula, de arquitetura caracterizada pela presença de azulejos portugueses e franceses, das janelas de São Luís presentes nos solaris e outras construções, pedra sabão e óleo de baleia em paredes, de belezas naturais como Calhau, Lençóis Maranhenses, Alcântara, não poderíamos deixar de abordar um aspecto tão marcante da cultura local que é culinária maranhense.
Por termos ficado duas semanas no Estado e termos passado por cidades mais próximas do litoral, vamos falar de uma parte reduzida dos traços alimentícios, até porque nesse pequeno tempo e pela localização das cidades que fomos não poderíamos falar com profundidade da culinária local, mesmo porque nem é nosso propósito.
Então, sem mais explicações vamos para um prato característico do Brasil, mas que lá ganha um tempero diferente, e não só o tempero, mas a coloração também – estamos falando do Arroz de Cuxá. A base do prato é uma planta chamada Vinagreira ou Azedinha. A receita pode ser encontrada neste link – tanto para matar curiosidade de uns como para estimular a prática de outros.
O arroz de cuxá é encontrado em praticamente todos os restaurantes de São Luís, tem um sabor exótico. Há quem adore e os que odeiam. Mas o cuxá não é só usado no arroz, pode ser colocado em frango de panela e outras carnes, em geral.
Um tempero muito freqüente na comida maranhense é o Coentro. Principalmente em vinagretes e carnes. Pode-se comparar o uso de coentro lá com o uso da salsinha nos estados do Sudeste. É interessante observar a estranheza com que um olha o costume do outro. Ou seja, para os paulistas, por exemplo, é normal a salsinha e o coentro não é tão usado, pois este atribui um sabor estranho ao alimento, segundo o paladar paulista. Já no Maranhão e em outros Estados do Nordeste soa estranho usar salsinha, já o coentro é adorado por eles.
Um produto tipicamente maranhense é o refrigerante Jesus. Sim, ele vem numa embalagem rosa, sua coloração também é rosada e tem sabor de tuti-fruti, mas depois de ingerido deixa um leve gosto de canela na boca. Nós gostamos muito de Jesus, mas há que não tome alegando ser muito doce.
Freqüente também na região é a pinga feita da mandioca, macaxeira ou aipim, a popular Tiquira, que por sinal é bem forte.
Tem também açaí, cupuaçu, e as castanhas, muitas castanhas, que são encontradas a preços bem baixos em barraquinhas.
Quase nos esquecemos de relatar uma experiência, um tanto quanto frustrante, que diz respeito aos lanches da região. São muito pequenos e simples, quando comparados aos padrões paulistas.
Enfim, há muitas peculiaridades na culinária maranhense, nós, com certeza, ressaltamos apenas algumas.
Um comentário:
eita! eu sou doida pra experimentar Jesus!
nossa...que blasfêmia! :P
=* xêro
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