Uma roda, mas não de ciranda.
Senhoras, moças, meninas, enfim, mulheres.
Elas, cada qual do seu modo, sentem a batida do tambor
e o canto que se repete dando a cadencia.
E então exibem, sem forma ou regra, o gingado, o remexo,
fazem-no espontaneamente.
Mas mesmo com a originalidade, a liberdade de passos,
aparece um traço marcante na dança,
a unidade do grupo na diversidade de perfis e performances.
Uma no meio, todas no círculo,
A ida ao centro é indicada pelo umbigo;
o toque de um no outro passa o compasso,
o entusiasmo ainda maior de estar em destaque.
E assim as bailarinas sem sapatilha
(a maior parte descalça),
de saia rodada, rodam e rodam,
quase um pião,
mas peão, macho fica parado nas pernas,
fora da roda, meche a mão e a boca.
E a alegria continua...
Até que a vivacidade afro-brasileira peça uma pausa.
Tudo recomeça no próximo Tambor de Crioula.
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