terça-feira, 17 de junho de 2008

Casa do Nhozinho

A Casa de Nhozinho localizada na Rua Portugal, 185, é um sobrado de três pavimentos com fachada de azulejo colonial. O nome Casa de Nhozinho é uma homenagem ao artesão maranhense Antônio Bruno Nogueira, conhecido por Nhozinho, que se destacou pela confecção de rodas de boi feitas de buriti. Outros artistas como Caxixi, João do Farol, Beto Bittencourt, também tem suas obras expostas.

No espaço, vê-se amostras da produção da cultura material do maranhense no seu dia-a-dia: tipos populares em miniatura; brinquedos de criança como roda gigante, avião, marionetes, carrinho, carroça, também em miniatura; bonecos de carnaval; veículos de locomoção como carros de boi e canoas; teares e outros instrumentos de trabalho; ervas usadas para curar doenças; artigos para decoração em barro, ferro, material reciclável, palha.

Há outros espaços de memória da cidade, como Museu de Arte Sacra, que estava fechado para reforma quando estivemos em São Luís, Cafua das Mercês, Igreja do Desterro, Capela Bom Jesus dos Navegantes, Capela São José das Larajeiras, entre outros, que exibem a riquíssima e diversa cultura da Maranhense.

Sem mais... com vocês, Casa do Nhozinho!!!












domingo, 15 de junho de 2008

Museu de Artes Visuais de São Luís

Além do Museu Histórico e Artístico de São Luís, há o Museu de Artes Visuais e a Casa de Nhozinho, também localizados no Centro Histórico, que abrigam preciosidades da cultura maranhense.

Localizado na Rua Portugal, 273, o Museu apresenta estilos variados de azulejos portugueses, ingleses, franceses e alemães dos séculos XVIII a XX, pias de porcelana, pinhas de enfeite, coleções de pinturas de artistas brasileiros, esculturas e arte sacra do século XVII.

Neste post, vamos exibir imagens do Museu de Artes Visuais em vez de fazer grandes descrições. Não haverá pinturas entre as imagens, pois os quadros não podem ser fotografados.








quinta-feira, 5 de junho de 2008

Mais um pouco de São Luís


O Museu Histórico e Artístico do Maranhão, localizado no Centro Histórico de São Luís, na Rua do Sol, 302, é um espaço que guarda riquezas de hábitos e artes de uma terra que exala cultura.

O próprio prédio, pela disposição de cômodos, já retrata um pouco da história local: o dormitório dos donos da casa no andar superior continha cama, baú para guardar roupas, uma cadeira de madeira contendo um buraco no assento e um penico embaixo, de uso das sinhás, um oratório, uma penteadeira sempre com um jarro de água e um recipiente de porcelana, que formavam a pia de antigamente. No mesmo andar as salas de música, de jantar, todas com escarradeiras, já que era costume mascar fumo e cuspir. Há uma escada principal, onde só os donos da casa e convidados podiam transitar, os escravos passavam de um piso para outro por uma escada nos fundos do casarão. Observa-se muitos lustres, estantes contendo peças de porcelana, entre outros móveis característicos de cada cômodo, como a escrivaninha com tinteiro na sala de estudos, biblioteca ou escritório.

Curiosidades - a água era armazenada em jarros de barro, que a mantinham mais fresca, mas ao serem servidas passavam para peças de vidro, cristal ou porcelana. As janelas apresentavam dois assentos para que as moças se sentassem e observassem o movimento da rua, mas sem serem vistas.



Descrevemos um pouco o interior da casa, pois não é permitido tirar fotografia e achamos necessária a descrição, pois são muito interessantes as peças encontradas que retratam os costumes da época.

O prédio do museu foi construído em 1836 para servir de moradia para a família Gomes de Souza, patrícios influentes na Ilha. Com o passar dos anos teve outros proprietário, como Luiz e Arthur de Azevedo, que utilizaram o espaço para a divulgação de suas obras. Essa sala era onde se reuniam amigos da família Azevedo, principalmente de Arthur, jornalista, poeta, contista e teatrólogo. A mobília presente não é da época, foi colocada para passar a imagem de anfiteatro.


Arthur Azevedo, por sua notoriedade, “empresta” seu nome ao segundo teatro mais antigo do Brasil, inaugurado em 1817. A obra em estilo neoclássico, localizada na Rua do Sol, 180, ficou abandonada por cerca de 30 anos - de meados de 1960 a 1991 - sendo restaurada em 2005. Hoje é aberta ao público para visitas guiadas e espetáculos.

O Museu Histórico e Artístico é considerado a mais importante casa museológica de acervo erudito do Estado do Maranhão. Guarda mobiliário maranhense da primeira metade do século XIX, azulejaria, porcelana, numismática, vidros, cristais, pinturas, esculturas, gravuras, arte sacra católica, arte africana, o original de O Mulato de Aluízio de Azevedo, entre outros livros.

Do lado de fora são permitidas fotografias. Vê-se estátuas de deuses gregos, bustos de alguns dos antigos donos da casa, fonte com carrancas, esculturas de formas humana ou animal usadas para espantar os maus espíritos, até o chão é trabalhado. Carrancas são frequentes em espaços contendo água para consumo, como fontes, poços, pois servem para espantar as "coisas ruins" da água que será ingerida.